POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACESSO À JUSTIÇA EM NÚMEROS: UMA ANÁLISE DECENAL DOS MECANISMOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS HETEROCOMPOSITIVO, AUTOCOMPOSITIVO E EXTRAJUDICIAL NO BRASIL

Victor Saldanha Priebe, Fabiana Marion Spengler

Resumo


Com a presente pesquisa busca-se fazer uma análise sintética dos índices quantitativos e qualitativos disponíveis que sejam capazes de mostrar o panorama dos acessos à justiça nacional, especialmente dos mecanismos de resolução de conflitos hetero e autocompositivos. Deste modo, pretende-se compreender claramente as possíveis evoluções e retrações das políticas públicas judiciárias direcionadas a esta garantia constitucional. Em sendo assim, o objetivo principal que se pretende alcançar é o de ter claro quais os mecanismos de heterocomposição e autocomposição, conseguem/conseguiram aportar resultados práticos que contribuam com o sentido de acesso à justiça como acesso a ordem jurídica justa. Nisto, a problemática que será enfrentada durante o desenvolvimento do texto circunda a situação de que há segurança nos dados apresentados pelo Conselho Nacional de Justiça, mas estes não possuem uma base que proporcione a avaliações mais minuciosa em busca de identificar os gargalos nos desenvolvimentos das políticas públicas implementadas. Para examinar a proposta, optou-se por utilizar métodos de pesquisa histórica, comparativa e bibliográfica. Ao fim, concluiu-se que ainda há muito a ser desenvolvido quanto as avaliações dos meios de acesso à ordem jurídica justa, sendo que, os dados obtidos nestes dez anos estudados não conseguem sustentar por si um novo posicionamento institucional que apresente outras alternativas para atingir o mesmo objetivo.

Palavras-chave


Políticas Públicas; Acesso à Justiça; Avaliação; Autocomposição; Heterocomposição; Extrajudicialidade.

Texto completo:

PDF

Referências


ANOREG. Cartório em Números 2021. Disponível em: . Acesso em 18 mar. 2022.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (CF/88). Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

BRASIL. Lei nº 13.105 de 2015. (Código de Processo Civil). (2015a) Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

BRASIL. Lei nº 13.140 de 2015. (Lei da Mediação). (2015b) Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

BRASIL. Ministério da Justiça. Consumidor.gov.br. (2022) Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

BUCCI, Maria Paula Dallari. Direito Administrativo e Políticas Públicas. São Paulo: Editora Saraiva, 2002.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Justiça em Números 2016. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Justiça em Números 2017. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Justiça em Números 2018. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Justiça em Números 2019. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Justiça em Números 2020. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Justiça em Números 2021. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Metas nacionais. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 125 de 2010. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 194 de 2014. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 271 de 2018. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

C.N.J. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 358 de 2020. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

CHRISPINO, Alvaro. Introdução ao estudo das políticas públicas: uma visão interdisciplinar e contextualizada. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016.

DIDIER JR, Fredie; FERNANDEZ, Leandro. O Conselho Nacional de Justiça e o Direito Processual: Administração judiciária, Boas práticas e Competência normativa. São Paulo: Editora JusPodivm, 2021.

FRANCO, Marcelo Veiga. Administração pública como litigante habitual: a necessária mudança da cultura jurídica de tratamento dos conflitos. Londrina: Thoth, 2021.

GRINOVER, Ada Pellegrini. Ensaio sobre a processualidade: fundamentos para uma nova teoria geral do processo. Brasília: Gazeta Jurídica, 2018.

HILL, Flávia Pereira. Desencatelando a arbitragem: a arbitragem expedita e o acesso à justiça multiportas. In: Acesso à justiça: um novo olhar a partir do Código de Processo Civil de 2015. Orgs. Benigna Araújo Teixeira Maia et al. Londrina: Thoth, 2021.

LEMES, Selma Maria Ferreira. Arbitragem em Números e Valores 2020. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

PINHO, Humberto DallaBernardina de. Acesso à justiça e resolução dos conflitos na contemporaneidade. In: In: Acesso à justiça: um novo olhar a partir do Código de Processo Civil de 2015. Orgs. Benigna Araújo Teixeira Maia et al. Londrina: Thoth, 2021.

PRIEBE, Victor Saldanha; SPENGLER, Fabiana Marion. Resoluções 125/2020 e 194/2014 do CNJ: políticas públicas em prol da razoável duração dos processos por meio da qualidade na prestação jurisdicional e desenvolvimento social. Revista Jurídica Direito & Paz. São Paulo. Ano XVIII, n. 35, p. 320-336. 2º Semestre, 2016. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

ROSA, Júlia Gabriele Lima da; LIMA, Luciana Leite; AGUIAR, Rafael Barbosa de. Políticas públicas: introdução. Porto Alegre: Jacarta, 2021.

SCHMIDT, João Pedro. Para estudar políticas públicas: aspectos conceituais, metodológicos e abordagens teóricas. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 56, p. 119-149, set/dez. 2018. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

SPENGLER, Fabiana Marion. Dicionário de mediação. (2019a) Volume I. A-L. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo. 2019.

SPENGLER, Fabiana Marion. Dicionário de mediação. (2019b) Volume II. M-V. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo. 2019.

SPENGLER, Fabiana Marion; SPENGLER NETO, Theobaldo. Mediação de conflitos e novas tecnologias. In: Políticas públicas de acesso à justiça e direitos humanos em tempos de COVID-19. Orgs. STURZA, Janaína Machado; PORTO, Rosane Teresinha Carvalho. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo, 2021.

TJMG. Tribunal de Justiça do Estado das Minas Gerais. Total Avaliação de Satisfação 2021. (2021a). Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

TJMG. Tribunal de Justiça do Estado das Minas Gerais. Estatísticas da Política de Tratamento Adequado de Conflitos. (2022b) Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

TJMG. Tribunal de Justiça do Estado das Minas Gerais. Total Mediação pré-processual 2021. (2021b). Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

TJMG. Tribunal de Justiça do Estado das Minas Gerais. Núcleo Permanente de Método Consensual de Solução de Conflitos. (NUPEMEC-TJMG). (2022a) Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

TJPR. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Núcleo Permanente de Método Consensual de Solução de Conflitos. (NUPEMEC-TJPR). Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

TJRJ. Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Núcleo Permanente de Método Consensual de Solução de Conflitos. (NUPEMEC-TJRJ). Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

TJRS. Tribunal de Justiça do Estado de Rio Grande do Sul. Núcleo Permanente de Método Consensual de Solução de Conflitos. (NUPEMEC-TJRS). Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

TJSP. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Núcleo Permanente de Método Consensual de Solução de Conflitos. (NUPEMEC-TJSP). Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2022.

WATANABE, Kazuo. Acesso à ordem jurídica justa: conceito atualizado de acesso à justiça, processos coletivos e outros estudos. Belo Horizonte: Del Rey, 2019.




DOI: https://doi.org/10.5102/rbpp.v15i1.8479

ISSN 2179-8338 (impresso) - ISSN 2236-1677 (on-line)

Desenvolvido por:

Logomarca da Lepidus Tecnologia